Rola a bola e vemos hoje uma surpreendente entrevista do Ciro Gomes no Valor. Tá valorizando o passe? Jogando pro Aécio? Colocando pimenta na comida do Lula? Não sei, mas é mais um pequeno lance nessa partida de xadrez que apenas começa, haaaaaja coração. Um ponto interessante de sua argumentação é a questão da governabilidade com o Congresso. Sugiro uma leitura aos interessados.
Sobre nosso amigo Pré-Sal, chamou minha atenção reportagem também no Valor de hoje, na página A3. Os lobbies estão à solta.
Abaixo, notinha da coluna do Nelson de Sá na FSP. Destaquei a última frase em negrito para tentar convencer aqueles que ainda acreditam que a questão com o Sarney é a nomeação do namorado, a ética ou alguma tapioca do gênero.
O SUOR DO "BIG OIL"
A "Forbes", que escolheu a Exxon "a companhia verde do ano", também destaca esta semana que o "Big Oil" ou as grandes empresas de petróleo "estão suando enquanto o Brasil debate os novos controles". Ouve as reações de Shell e Chevron.
Por outro lado, cita analista de Houston, no Texas, para quem o plano de Lula para o pré-sal, com "parcerias minoritárias" para as estrangeiras, "permite manter os benefícios da concorrência".
Já a Reuters ouve um "consultor" do Rio, ex-diretor da agência de petróleo sob FHC, garantindo que, "com esta situação no Congresso, será difícil aprovar as mudanças antes do fim do mandato de Lula".
Um "consultor", um cara aí não identificado, ex-Diretor da ANP no passado e que hoje é um "consultor". Consultor de quem? Quanto ganhava antes da passagem pela ANP e quanto ganha hoje?
Só para desenhar então. O setor privado em geral bombardeia as idéias que vêm sendo ventiladas pelo governo. Essas idéias se transformarão num projeto de lei que irá ao Congresso. Com a crise, dificilmente isso será votado nesta legislatura. Portanto, a crise no Senado favorece àqueles que estão descontentes com os atuais rumos da definição do marco regulatório do Pré-Sal. Adicione a isso uma série de reportagens, denunciando suspeitas de irregularidades na Petrobrás, que acarretaram uma CPI da Petrobrás, mais uma enooorme confusão.
Quem sabe em 2011, com um governo mais legal, um Congresso diferente, a divisão do bolo dos trilhões de dólares do Pré-Sal possa se iniciar. Quanto disso irá para a educação, o desenvolvimento social, o povo brasileiro? Quando disso irá para os consultores? Para as empresas privadas? Para os estrangeiros?
Alguém aí quer mesmo saber do namorado da neta da Sarney?
terça-feira, 11 de agosto de 2009
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