segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Riqueza, Desenvolvimento, Qualidade de Vida e um pouco da sétima arte

Esse passou batido por aqui. Como sabemos, o PIB é uma medida muito controversa quando queremos avaliar o bem-estar da população. A renda per capita, então, é algo muito enganoso. Por exemplo, a construção de presídios aumenta o PIB. A devastação de florestas e campos e cerrados e matas e favelas dá lugar a arrojados empreendimentos que fazem crescer o PIB, mas isso é bom, assim, sem mais nem menos? E as pessoas que lá habitam?

Pois bem, o Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, da ONU, é uma primeira tentativa, das que colou, de utilização de outros indicadores para avaliar o bem-estar dos povos. Junta renda per capita, expectativa de vida e alfabetização, creio. Mas é limitado e falho. Falho, por exemplo, pelo uso da renda per capita. Pensem num país como a Arábia Saudita. Uma elite minoritária riquíssima, povo pobre e sem direitos civis. Mas a renda média é alta e o índice ganha um impulso.

Nesse ano, uma Comissão Stiglitz, empurrada pelo onipresente Sarkozy, desenvolveu uma série de estudos sobre o tema. A ONU vem discutindo aperfeiçoamentos, creio que o IPEA está envolvido do lado brasileiro. Aliás, o IPEA criou um Índice de Qualidade do Desenvolvimento que publica mensalmente. O nobre reino do Butão, ho ho ho, com o qual estabelecemos relações diplomáticas nesse ano, tem um conceito de Felicidade Interna Bruta, ou algo assim. O tal do príncipe lá é meio visionário, dessas pessoas diferentes com as quais simpatizamos imediatamente. O José Eli da Veiga, da USP, já citado aqui, tem uma série de textos sobre essas coisas.

Em resumo, é amplo, vou ler um pouco mais sobre o tema e escrever com calma um outro post. E em breve, quem sabe, um relato em primeira mão de uma visita minha ao Butão. Ao Nepal. À região do Tibet. Tailândia. Camboja e Angkor Wat. Coréia do Norte. Do sul também. Japão. Aliás, anteontem vi Os Sete Samurais, do mestre Kurosawa. Filmaço ambientado no Japão medieval. Fotografia. Interpretação. Música. Drama. Fantástico. Sensacional. Honra. Guerra e Paz. Amor. Vejam o trailer. Aliás, aliás, como será o cinema chinês?

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