terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Não ame-o, mas também não o deixe

Pois bem, a coisa está ficando muito séria. Brava, baixa. Lula, ame-o ou deixe-o. Há, de um lado, enorme louvação a Lula que ignora alguns erros e contradições de seu governo (que eu defendo bastante). De outro lado, alguns não escondem a gana de destroçá-lo seja lá por quais métodos forem.

Esse blog não entra em picuinhas do dia-dia. Agressões pessoais. Exemplos: filho de FHC, filho do Renan, Lula "analfabeto", Cesar Benjamin, denúncias de corrupção, o preto e o branco, o mal contra o bem, o falso moralismo (Sarney).

Critiquei o artigo de FHC que basicamente dizia que se Dilma fosse eleita, a democracia estaria em risco. Não está.

Pois idéias são criticáveis. Mas não escrevo aqui para julgar nem crucificar ninguém.

Apontei em alguns posts que um dos maiores problemas da democracia brasileira está no financiamento das campanhas. O mensalão se inscreve aí. Os vereadores de SP e o Governo Kassab, amplamente financiados pelo setor imobiliário, e que estão detonando o Plano Diretor, também. No GDF, o Setor Noroeste e outras artimanhas são decorrência natural da simbiose especulação imobiliária-poder político. E agora, essas denúncias contra toda a Cúpula do GDF.

O financiamento de campanhas causa problemas a todos os partidos, candidatos, etc... Corrói a política brasileira. É um problema estrutural. Não cabe moralismo, demagogia, individualização. Lógico que quando pegos devem ser punidos, mas o problema está nas leis, na estrutura.

O blog talvez não seja muito inteligente, os posts não são muito preparados nem contam com teses muito elaboradas. É sentar e escrever, coisa rápida. Tampouco coloca-se como dono da verdade, com exceção de algumas barbaridades defendidas por alguns financistas mais rasteiros. Tenho perguntas, mais do que respostas. Talvez seja muito idealista, ingênuo, tolo. Um inocente útil, ou inútil. Mas não entro na baixaria, no bem contra o mal, na torcida organizada.

O blog tenta ficar além disso. Ver o Brasil como um todo, o desenvolvimento da nação, o bem-estar de seu povo, a produção e o emprego sobre o rentismo, o respeito ao meio-ambiente e à interação homem-natureza, a valorização da cultura universal e do que gosto no cinema e na música (falo pouco de literatura, leio pouca literatura), a consolidação da democracia, o aprofundamento do espírito republicano.

Com todas as limitações, dá um certo orgulho reler, já temos algo nesta página alittlefunnyinthehead.

Agradeço muito aos meus poucos leitores, aos elogios que de quando em quando recebo. Voltem sempre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário