E por aqui, ontem havia uma entrevista no Estadão de um ex-diretor do BC que hoje administra recursos dos muito muito ricos. Satisfeito com o COPOM, afirma que os juros deverão se manter estáveis até o começo de 2011. Incrível a bola de cristal dele. 2011 ???? Nesse momento de crise e incerteza ele está vendo 15 meses na frente. Ahhh, é o "risco político" das eleições. Está explicado então.
Os juros, repito, representam a 3a maior taxa real do mundo. 0,5% a menos deve dar uma economia anual de uns R$ 5 bilhões. Quedas movem a economia, geram renda, empregos, facilitam tudo. Risco de inflação? Meu Deus, IGPM deflacionário, câmbio valorizado, IPCA caindo.
"Mas a economia pode voltar a crescer excessivamente e pressionar os preços". Ok, se e quando isso acontecer a gente vê o que faz. Estamos a léguas de qualquer descontrole inflacionário. Os ricos estão em crise e os europeus em deflação...
O que acho mais engraçado, e me seguro para não ficar bombardeando isso todo dia, nem cito mais nomes, é que os argumentos do cara são travestidos numa linguagem técnica e racional, revestidos de uma autoridade que se supõe científica, uma arrogância sem fim. Fica com aquela cara de sujeito responsável, leitor de realidades que não conseguimos compreender.
Na prática, faz apenas o velho papel de repetir as platitudes que agradam aos estratos mais ricos da sociedade, que ainda irão lutar por algum tempo para permanecerem na confortável posição de rentistas. A turma do "I win, you lose".
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário