quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Exceção

Paulo Rabello de Castro, apesar de Doutor por Chicago, consegue sair do lugar comum das planilhas, do corte de gastos e da necessidade de juros. É um cara que geralmente apresenta posições bem mais inteligentes do que a média do que vemos por aí, especialmente em seu meio. Destaco os parágrafos finais do artigo dele na FSP de hoje. É importante que ocorram avanços mais imediatos enquanto não podemos ainda utilizar os recursos do Pré-Sal para complementar os urgentes investimentos que o Brasil precisa em educação.

"Confio, apesar de tantas forças negativas, em que algo poderoso nos empurrará a rever, proximamente, nosso pífio arranjo produtivo e educacional. Essa pressão vigorosa provém de uma circunstância demográfica -a chegada da geração mais numerosa de todos os tempos, de jovens adultos brasileiros, buscando o mercado de trabalho. Serão cerca de 70 milhões de entrantes nos próximos 25 anos, empurrando-nos a "construir uma nova São Paulo", inteira e acabada, a cada cinco anos! A segunda circunstância é o quase fim do "rentismo financeiro" criado pela maior taxa de juros do mundo, que fez o Brasil empacar por décadas. Esses dois fenômenos, gente jovem e juros mais baixos, operarão um milagre de estímulo "natural".
Qual será nosso nível de resposta? Ao ritmo atual, apenas mais do mesmo. Para crescer a 6%, como seria ideal, precisamos de uma revolução em infraestruturas e aprendizagem. Candidato nenhum ainda tocou nesse ponto."

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