sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Histórias do Futebol Brasileiro
Sensacionais vídeos com imagens de Santos 3 x 2 Corinthians, de virada, na Vila Belmiro em 1948. No primeiro deles, vemos os torcedores chegando ao estádio, os bondes, o entorno antigo da Vila mais famosa.
Não há áudio da partida. No entanto, sábios tiveram a idéia de mesclar narrações históricas de Pelé contando sobre seu começo no futebol, discutindo a derrota de 66, alguns gols históricos de Pelé em diferentes épocas e, por fim, a narração dos gols da final da Copa de 1958.
Jóia.
Não há áudio da partida. No entanto, sábios tiveram a idéia de mesclar narrações históricas de Pelé contando sobre seu começo no futebol, discutindo a derrota de 66, alguns gols históricos de Pelé em diferentes épocas e, por fim, a narração dos gols da final da Copa de 1958.
Jóia.
Chuva de gols em 2010
Neymar jogando o fino da bola. Paulo Henrique Ganso é um craque, passeia em campo, joga com calma. Alan Patrick é muito habilidoso, rápido e bate na bola com categoria.
E Robinho, o Messias, retorna. Para a casa onde ele brilha e para garantir a vaga de titular na seleção.
Todos jogando alguns minutos com Giovanni, Léo, outros moleques, boas contratações como o Marquinhos. E jogadores para a reserva.
A torcida santista começa 2010 muito empolgada. Certamente será um ano de muitos gols, goleadas, jogadas rápidas, dribles desconcertantes, tabelinhas, etc... Se vamos levar algum título, aí não posso dizer.
E Robinho, o Messias, retorna. Para a casa onde ele brilha e para garantir a vaga de titular na seleção.
Todos jogando alguns minutos com Giovanni, Léo, outros moleques, boas contratações como o Marquinhos. E jogadores para a reserva.
A torcida santista começa 2010 muito empolgada. Certamente será um ano de muitos gols, goleadas, jogadas rápidas, dribles desconcertantes, tabelinhas, etc... Se vamos levar algum título, aí não posso dizer.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Financiamento externo em debate
Tema já tantas vezes discutido aqui, o financiamento da economia brasileira, em particular o debate sobre o financiamento externo, está no âmago de nossa estratégia nacional de desenvolvimento para a próxima década. Até o momento, Serra e Dilma não chegaram a detalhar o que pensam, embora tenhamos indícios.
Mais do que o atual quadro, é a trajetória da conta corrente brasileira que me preocupa. Devemos tomar cuidado com o canto da sereia que insiste em naturalizar o déficit. Quando muito, propõe soluções como a contração da demanda (via corte de gastos do governo e aperto monetário) e vem com ilações sobre as gloriosas reformas estruturais. Nada sobre câmbio, nível do juros e nossa longa história de problemas com o endividamento externo.
Abaixo, artigo muito bom, creio que assinaria embaixo.
Quem tem medo da poupança externa?
*Antonio Corrêa de Lacerda
A questão do financiamento do crescimento e do desenvolvimento econômico é uma das mais relevantes para o futuro da economia brasileira. Os investimentos requeridos para melhorar a infraestrutura econômica e social, assim como suportar um crescimento robusto, implicam fontes sustentáveis de financiamento de longo prazo. E para sustentar um crescimento de longo prazo seria fundamental elevar o nível de investimentos, a formação bruta de capital fixo, da média atual dos últimos cinco anos de 18% para, pelo menos, 22% do Produto Interno Bruto (PIB).
Historicamente, o Brasil sempre complementou as suas necessidades de financiamento com poupança externa, às vezes na forma de investimentos estrangeiros e outras na forma de dívida. A diferença é que, no primeiro caso, temos um sócio, que compartilha dos riscos; no segundo, um credor.
Portanto, não tenho dúvida de que a primeira opção é a mais adequada ao desenvolvimento, especialmente se for conduzida de forma a atrair os investimentos que desejamos, ou seja, aqueles voltados para suprir carências, sejam de infraestrutura ou de portfólio industrial e de serviços não viabilizados internamente.
É aí que reside a questão principal, que é mais de ordem qualitativa do que quantitativa. Ou seja, a poupança externa deve ter caráter complementar e ser formada por capitais de risco de longo prazo, direcionados aos setores nos quais não há viabilidade econômica interna ou não temos domínio tecnológico.
Temos uma longa tradição de atratividade de investimentos diretos estrangeiros, que fizeram e fazem parte da nossa industrialização. Nos últimos cinco anos fomos redescobertos pelos investidores externos, com a maior estabilidade da economia, e nos colocamos como o segundo dos maiores absorvedores de investimento direto estrangeiro dentre os países em desenvolvimento. A queda de quase 50% observada no ano passado é reflexo da crise e não revela uma tendência. Pelo contrário, deveremos ver ampliado o interesse dos investidores nos próximos anos.
Portanto, atrair investimento direto estrangeiro não se trata de algo novo para o Brasil, mas que tem de ser mais bem aproveitado. Contraditoriamente à nossa bem-sucedida atratividade, decorrente da potencialidade do mercado, não definimos uma clara estratégia de absorção de capitais externos, tampouco explicitamos a eles o que deles desejamos. Para quais setores queremos atraí-los? Quais contrapartidas são esperadas? Trata-se de uma oportunidade a ser explorada adequadamente.
Para uma corrente de economistas, o ideal é gerar poupança interna, que neste caso representaria um pré-requisito para o investimento e o crescimento. Ela seria obtida pela contração dos gastos correntes do governo e pela criação de instrumentos de incentivo à poupança das famílias.
Essa é uma visão que, especialmente no caso brasileiro, esbarra em problemas estruturais graves, como a concentração de renda, por exemplo. A maior parte das famílias mal ganha o suficiente para sobreviver, e qualquer aumento da renda, como tem ocorrido nos últimos cinco anos, tende a ser carreado para o consumo.
Mas num ponto a preocupação com a geração de “capital caseiro” é pertinente. A dependência de recursos externos torna o País mais vulnerável às variações cíclicas do mercado internacional, fazendo com que a autonomia de crescimento do País seja afetada toda vez que surgem crises e/ou movimentos especulativos. Portanto, corroboro da visão de que o Brasil deve evitar déficits nas transações correntes do balanço de pagamentos.
A outra vertente de economistas considera que a poupança é gerada no processo econômico, portanto não é um pré-requisito. Um cenário promissor e a disponibilidade de fontes de financiamento seriam impulsionadores das decisões de investir, gerando produção, emprego e renda, sendo a poupança gerada em consequência.
A segunda visão me parece mais adequada ao caso brasileiro, pois não podemos nos dar ao luxo de abrir mão do crescimento ou dos programas sociais, por exemplo, para acumular poupança para financiar um possível salto futuro. Ou seja, temos de continuar a utilizar os instrumentos de fomento ao financiamento e, paralelamente, crescer e ir criando condições de gerar mais poupança interna.
Quanto à poupança externa, ela deve ser qualitativamente viabilizada, primeiro porque não temos condições de nos financiarmos com as próprias pernas e, segundo, porque podemos ter o privilégio da escolha e atrair investidores para desenvolver projetos naquelas áreas que demandem mais investimentos.
Mas, para isso, precede a necessidade de um claro Projeto Nacional de Desenvolvimento. Isso pode parecer, num primeiro momento, uma visão ultrapassada, mas é fundamental definir objetivos, estratégias, metas e ações para viabilizar o que almejamos. O crescente déficit em conta corrente do balanço de pagamentos brasileiro e a apreciação do real requerem medidas antecipadas de correção de rumos.
Nesse campo, é bem melhor agir preventivamente do que corrigir os estragos. Mesmo que, como defendem alguns, o câmbio flutuante seja capaz de autoajustar o balanço de pagamentos mediante uma desvalorização potencial da taxa de câmbio. Primeiro, porque isso vai demorar para acontecer; segundo, porque o processo tende a ser traumático; e terceiro, porque, até lá, os seus efeitos colaterais, como a desindustrialização, já terão provocado grandes danos.
*Antonio Corrêa de Lacerda, professor-doutor da PUC-SP, doutor em Economia pela Unicamp, é economista-chefe da Siemens e coautor, entre outros livros, de Economia Brasileira (Saraiva)E-mail: aclacerda@pucsp.br
Mais do que o atual quadro, é a trajetória da conta corrente brasileira que me preocupa. Devemos tomar cuidado com o canto da sereia que insiste em naturalizar o déficit. Quando muito, propõe soluções como a contração da demanda (via corte de gastos do governo e aperto monetário) e vem com ilações sobre as gloriosas reformas estruturais. Nada sobre câmbio, nível do juros e nossa longa história de problemas com o endividamento externo.
Abaixo, artigo muito bom, creio que assinaria embaixo.
Quem tem medo da poupança externa?
*Antonio Corrêa de Lacerda
A questão do financiamento do crescimento e do desenvolvimento econômico é uma das mais relevantes para o futuro da economia brasileira. Os investimentos requeridos para melhorar a infraestrutura econômica e social, assim como suportar um crescimento robusto, implicam fontes sustentáveis de financiamento de longo prazo. E para sustentar um crescimento de longo prazo seria fundamental elevar o nível de investimentos, a formação bruta de capital fixo, da média atual dos últimos cinco anos de 18% para, pelo menos, 22% do Produto Interno Bruto (PIB).
Historicamente, o Brasil sempre complementou as suas necessidades de financiamento com poupança externa, às vezes na forma de investimentos estrangeiros e outras na forma de dívida. A diferença é que, no primeiro caso, temos um sócio, que compartilha dos riscos; no segundo, um credor.
Portanto, não tenho dúvida de que a primeira opção é a mais adequada ao desenvolvimento, especialmente se for conduzida de forma a atrair os investimentos que desejamos, ou seja, aqueles voltados para suprir carências, sejam de infraestrutura ou de portfólio industrial e de serviços não viabilizados internamente.
É aí que reside a questão principal, que é mais de ordem qualitativa do que quantitativa. Ou seja, a poupança externa deve ter caráter complementar e ser formada por capitais de risco de longo prazo, direcionados aos setores nos quais não há viabilidade econômica interna ou não temos domínio tecnológico.
Temos uma longa tradição de atratividade de investimentos diretos estrangeiros, que fizeram e fazem parte da nossa industrialização. Nos últimos cinco anos fomos redescobertos pelos investidores externos, com a maior estabilidade da economia, e nos colocamos como o segundo dos maiores absorvedores de investimento direto estrangeiro dentre os países em desenvolvimento. A queda de quase 50% observada no ano passado é reflexo da crise e não revela uma tendência. Pelo contrário, deveremos ver ampliado o interesse dos investidores nos próximos anos.
Portanto, atrair investimento direto estrangeiro não se trata de algo novo para o Brasil, mas que tem de ser mais bem aproveitado. Contraditoriamente à nossa bem-sucedida atratividade, decorrente da potencialidade do mercado, não definimos uma clara estratégia de absorção de capitais externos, tampouco explicitamos a eles o que deles desejamos. Para quais setores queremos atraí-los? Quais contrapartidas são esperadas? Trata-se de uma oportunidade a ser explorada adequadamente.
Para uma corrente de economistas, o ideal é gerar poupança interna, que neste caso representaria um pré-requisito para o investimento e o crescimento. Ela seria obtida pela contração dos gastos correntes do governo e pela criação de instrumentos de incentivo à poupança das famílias.
Essa é uma visão que, especialmente no caso brasileiro, esbarra em problemas estruturais graves, como a concentração de renda, por exemplo. A maior parte das famílias mal ganha o suficiente para sobreviver, e qualquer aumento da renda, como tem ocorrido nos últimos cinco anos, tende a ser carreado para o consumo.
Mas num ponto a preocupação com a geração de “capital caseiro” é pertinente. A dependência de recursos externos torna o País mais vulnerável às variações cíclicas do mercado internacional, fazendo com que a autonomia de crescimento do País seja afetada toda vez que surgem crises e/ou movimentos especulativos. Portanto, corroboro da visão de que o Brasil deve evitar déficits nas transações correntes do balanço de pagamentos.
A outra vertente de economistas considera que a poupança é gerada no processo econômico, portanto não é um pré-requisito. Um cenário promissor e a disponibilidade de fontes de financiamento seriam impulsionadores das decisões de investir, gerando produção, emprego e renda, sendo a poupança gerada em consequência.
A segunda visão me parece mais adequada ao caso brasileiro, pois não podemos nos dar ao luxo de abrir mão do crescimento ou dos programas sociais, por exemplo, para acumular poupança para financiar um possível salto futuro. Ou seja, temos de continuar a utilizar os instrumentos de fomento ao financiamento e, paralelamente, crescer e ir criando condições de gerar mais poupança interna.
Quanto à poupança externa, ela deve ser qualitativamente viabilizada, primeiro porque não temos condições de nos financiarmos com as próprias pernas e, segundo, porque podemos ter o privilégio da escolha e atrair investidores para desenvolver projetos naquelas áreas que demandem mais investimentos.
Mas, para isso, precede a necessidade de um claro Projeto Nacional de Desenvolvimento. Isso pode parecer, num primeiro momento, uma visão ultrapassada, mas é fundamental definir objetivos, estratégias, metas e ações para viabilizar o que almejamos. O crescente déficit em conta corrente do balanço de pagamentos brasileiro e a apreciação do real requerem medidas antecipadas de correção de rumos.
Nesse campo, é bem melhor agir preventivamente do que corrigir os estragos. Mesmo que, como defendem alguns, o câmbio flutuante seja capaz de autoajustar o balanço de pagamentos mediante uma desvalorização potencial da taxa de câmbio. Primeiro, porque isso vai demorar para acontecer; segundo, porque o processo tende a ser traumático; e terceiro, porque, até lá, os seus efeitos colaterais, como a desindustrialização, já terão provocado grandes danos.
*Antonio Corrêa de Lacerda, professor-doutor da PUC-SP, doutor em Economia pela Unicamp, é economista-chefe da Siemens e coautor, entre outros livros, de Economia Brasileira (Saraiva)E-mail: aclacerda@pucsp.br
sábado, 23 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
90 anos de Fellini
Ontem nosso amigo Fellini completaria 90 anos. Gênio. Mestre. Imortal.
Não chego a conhecer todos seus filmes, embora já tenha visto diversos: "A Estrada da Vida", já comentado aqui, obra-prima magnífica; "Cabíria", também acho que já comentei, um filme primoroso; "La Dolce Vita", vou falar o que, o título é uma palhinha... "Amarcord", filosofia, memórias, caminhos; Cidade das Mulheres, Mastroianni confuso e dominado pelas damas; "E la Nave Va", uma viagem onírica e surrealista pelo teatro da vida; "A trapaça" e "Os boas vidas", filmes mais de rua, roteiros, aproximação, falas mais rápidas. Faltam ainda várias, e é uma alegria saber que ainda tenho muito Fellini pela frente: Satyricon (a decadência moral ho ho ho de Roma nos tempos de Nero), Bocaccio 70, Roma, Julieta dos Espíritos, Casanova...
Talvez tenha me esquecido de outros. Não importa. Basta escrever algo aqui, mencionar o quanto me agradam os filmes do mestre e deixar a recomenação aos leitores para que embarquem em histórias fantásticas sobre nossas vidas, viagens, cores, surrealismo, sonhos oníricos, devaneios, psicologia, instintos, reações, primor fotográfico e musical, humanismo, crítica social sem ser óbvia, enfim, genialidade em todos os aspectos, uma experiência e tanto, o cara apresenta uns lances mágicos, temas circenses, cria uma atmosfera inebriante, entre o sonho e a realidade. Fellini é realmente dica obrigatória e a prova disso é que não estou sendo nada original. É superlativo.
Destaco abaixo um vídeo especial montado com a música tema de Nina Rota para "Fellini 8 e meio". Trata-se de filme meio autobiográfico, paródia, para o interior de um personagem, caminhos oníricos do presente entremeado pelo passado.
Um diretor de cinema enfrenta dificuldades para montar seu filme. É pressionado, tem dúvidas, conflitos, falta de idéias. E Fellini nos presenteia com memórias, sonhos e reflexões, para usar o título de uma obra de Jung, que aliás foi influência nesse e em outros filmes. Uma viagem pelo interior, em imagens, do cineasta em crise.
A cena final, com Mastroianni, à noite, numa montanha russa na qual vagueia sozinho, sob luzes que também vagueiam, e passam diante de si parentes, amigos, mulheres, memórias, um mergulho no passado, na história, é uma cena memorável, de sonho mesmo. Se me permitem uma colocação pessoal, faço uma pequena analogia com o que tenho sentido ao me preparar para viajar para encarar uma civilização totalmente diferente da nossa. E distante.
A cabeça voa num enorme processo de interpretação, de avaliação, memórias, a captura de momentos, atos, imagens, luzes, sons, do passado e do presente, especialmente estando em São Paulo. É a base do que fui e sobre a qual construirei o que serei. É o que somos. Fellini 8 e meio traz essa perspectiva para a tela, fotografia, contrastes, tons, musical, o filme nos apresenta um ser humano e desvenda seu interior.
Bom, e temos também Claudia Cardinale. E a música de Nino Rota. Ouçam essa música. O final dessa música. É circo. O circo da vida.
Post-scriptum: revi o filme nesse último final-de-semana. Não há cena da montanha russa. Há uma ciranda engraçada. Taí, não me envergonho, porque Fellini confunde mesmo, mistura. A montanha russa, onde estaria? La nave va? Cidade das Mulheres? Vou procurar...
Não chego a conhecer todos seus filmes, embora já tenha visto diversos: "A Estrada da Vida", já comentado aqui, obra-prima magnífica; "Cabíria", também acho que já comentei, um filme primoroso; "La Dolce Vita", vou falar o que, o título é uma palhinha... "Amarcord", filosofia, memórias, caminhos; Cidade das Mulheres, Mastroianni confuso e dominado pelas damas; "E la Nave Va", uma viagem onírica e surrealista pelo teatro da vida; "A trapaça" e "Os boas vidas", filmes mais de rua, roteiros, aproximação, falas mais rápidas. Faltam ainda várias, e é uma alegria saber que ainda tenho muito Fellini pela frente: Satyricon (a decadência moral ho ho ho de Roma nos tempos de Nero), Bocaccio 70, Roma, Julieta dos Espíritos, Casanova...
Talvez tenha me esquecido de outros. Não importa. Basta escrever algo aqui, mencionar o quanto me agradam os filmes do mestre e deixar a recomenação aos leitores para que embarquem em histórias fantásticas sobre nossas vidas, viagens, cores, surrealismo, sonhos oníricos, devaneios, psicologia, instintos, reações, primor fotográfico e musical, humanismo, crítica social sem ser óbvia, enfim, genialidade em todos os aspectos, uma experiência e tanto, o cara apresenta uns lances mágicos, temas circenses, cria uma atmosfera inebriante, entre o sonho e a realidade. Fellini é realmente dica obrigatória e a prova disso é que não estou sendo nada original. É superlativo.
Destaco abaixo um vídeo especial montado com a música tema de Nina Rota para "Fellini 8 e meio". Trata-se de filme meio autobiográfico, paródia, para o interior de um personagem, caminhos oníricos do presente entremeado pelo passado.
Um diretor de cinema enfrenta dificuldades para montar seu filme. É pressionado, tem dúvidas, conflitos, falta de idéias. E Fellini nos presenteia com memórias, sonhos e reflexões, para usar o título de uma obra de Jung, que aliás foi influência nesse e em outros filmes. Uma viagem pelo interior, em imagens, do cineasta em crise.
A cena final, com Mastroianni, à noite, numa montanha russa na qual vagueia sozinho, sob luzes que também vagueiam, e passam diante de si parentes, amigos, mulheres, memórias, um mergulho no passado, na história, é uma cena memorável, de sonho mesmo. Se me permitem uma colocação pessoal, faço uma pequena analogia com o que tenho sentido ao me preparar para viajar para encarar uma civilização totalmente diferente da nossa. E distante.
A cabeça voa num enorme processo de interpretação, de avaliação, memórias, a captura de momentos, atos, imagens, luzes, sons, do passado e do presente, especialmente estando em São Paulo. É a base do que fui e sobre a qual construirei o que serei. É o que somos. Fellini 8 e meio traz essa perspectiva para a tela, fotografia, contrastes, tons, musical, o filme nos apresenta um ser humano e desvenda seu interior.
Bom, e temos também Claudia Cardinale. E a música de Nino Rota. Ouçam essa música. O final dessa música. É circo. O circo da vida.
Post-scriptum: revi o filme nesse último final-de-semana. Não há cena da montanha russa. Há uma ciranda engraçada. Taí, não me envergonho, porque Fellini confunde mesmo, mistura. A montanha russa, onde estaria? La nave va? Cidade das Mulheres? Vou procurar...
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Dívidas
O blog andou se afastando muito dos tradicionais temas.
Há algumas coisas sobre as quais quero escrever e ficarei com a dívida até desenvolvê-las de forma mais elaborada:
a) novos lances da Satiagraha e a reação ao combate ao crime do colarinho branco... há uma reação poderosa, de diversos lados, que encontra acolhida nas altas instâncias do judiciário e é aplaudida por setores da imprensa. Estão mirando o juiz, o delegado e os promotores, não os criminosos. É surreal.
b) o déficit na conta corrente brasileira. Eu já vinha alertando aqui faz tempo. Lá vamos nós surfar a onda do endividamento externo. Os mais "espertinhos" aplaudem. Mas sabemos onde isso vai dar.
c) o Partido da Imprensa tentando criar um ar de ameaça à democracia, às liberdades políticas, caso Dilma seja eleita. O PNDH III, a Confecom, agora uma Conferência sobre Cultura, seriam indícios, uhuhhuu, amedrontadores. Na versão mais delirante, Dilma teria um "plano secreto para acabar com a democracia". O fato, no entanto, é que os que dizem isso são os mesmos, ou herdeiros, dos que em 1964 diziam que Jango tinha esse mesmo plano. Com base nessa "ameaça", eles mesmos deram o golpe. Derrubaram o Estado de Direito em defesa do Estado de Direito. Enriqueceram, fizeram carreiras políticas. Trata-se de uma canalha muito inteligente. Mas nada original.
Há algumas coisas sobre as quais quero escrever e ficarei com a dívida até desenvolvê-las de forma mais elaborada:
a) novos lances da Satiagraha e a reação ao combate ao crime do colarinho branco... há uma reação poderosa, de diversos lados, que encontra acolhida nas altas instâncias do judiciário e é aplaudida por setores da imprensa. Estão mirando o juiz, o delegado e os promotores, não os criminosos. É surreal.
b) o déficit na conta corrente brasileira. Eu já vinha alertando aqui faz tempo. Lá vamos nós surfar a onda do endividamento externo. Os mais "espertinhos" aplaudem. Mas sabemos onde isso vai dar.
c) o Partido da Imprensa tentando criar um ar de ameaça à democracia, às liberdades políticas, caso Dilma seja eleita. O PNDH III, a Confecom, agora uma Conferência sobre Cultura, seriam indícios, uhuhhuu, amedrontadores. Na versão mais delirante, Dilma teria um "plano secreto para acabar com a democracia". O fato, no entanto, é que os que dizem isso são os mesmos, ou herdeiros, dos que em 1964 diziam que Jango tinha esse mesmo plano. Com base nessa "ameaça", eles mesmos deram o golpe. Derrubaram o Estado de Direito em defesa do Estado de Direito. Enriqueceram, fizeram carreiras políticas. Trata-se de uma canalha muito inteligente. Mas nada original.
Os donos da rua
Os donos da rua, São Paulo Babilônia Selva, belo dia de sol, grafites, office-boys, carros, ônibus e motoboys, grafites para todo o lado, mensagens, "eu quero respirar", as moças nos jardins, os PMs, taxistas, moradores de rua, o cinza dos prédios e as cores dos grafites, arte nas ruas, pintura, Avenida Paulista, Pacaembu, Museu do Futebol, recomendo o Museu, muito legal, maior astral a molecada, poderia ter ficado umas 3 horas por lá. Aliás, da última vez que vim fui visitar o Museu Afro-Brasileiro no Parque do Ibirapuera, exposições fantásticas, fotos sensacionais, grande, imponente, em meio ao parque, fica a dica.
São Paulo Babilônia Selva, os Racionais comandam, mas há também o rock, o punk, o samba, a mpb e tudo o mais que puderem imaginar. Alô Vida Madaloka, à noite nos vemos. Faz sol, muito sol, tudo gira, tudo corre, os Racionais comandam.
Procure a sua fórmula mágica da paz. Eu vou atrás da minha.
São Paulo Babilônia Selva, os Racionais comandam, mas há também o rock, o punk, o samba, a mpb e tudo o mais que puderem imaginar. Alô Vida Madaloka, à noite nos vemos. Faz sol, muito sol, tudo gira, tudo corre, os Racionais comandam.
Procure a sua fórmula mágica da paz. Eu vou atrás da minha.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Sobre a cautela e certa humildade
V.9 O Mestre disse a Tzu-kung: "Quem é o melhor homem, você ou Hui?".
"Como eu ousaria me comparar a Hui? Quando lhe é dita uma coisa, ele compreende cem coisas. Quando me é dita uma coisa, eu entendo apenas duas."
O Mestre disse: "De fato, você não é tão bom quanto ele. Nenhum de nós dois é tão bom quanto ele."
V.20 Chi Wen Tzu sempre pensava três vezes antes de agir. Quando o Mestre ficou sabendo disso, comentou: "Duas vezes é suficiente."
Esse segundo item de nosso amigo Confúcio me recorda de quando eu era bem jovem e disputava alguns torneios de xadrez. Meu pai me aconselhava a sentar em cima da mão. Ele dizia que o tempo que levaria para tirar a mão até fazer o movimento permitiria-me pensar mais uma vez antes de fazer a jogada. Assim, evitaria cometer erros bobos, me afobar, algo típico da idade. Bom conselho.
"Como eu ousaria me comparar a Hui? Quando lhe é dita uma coisa, ele compreende cem coisas. Quando me é dita uma coisa, eu entendo apenas duas."
O Mestre disse: "De fato, você não é tão bom quanto ele. Nenhum de nós dois é tão bom quanto ele."
V.20 Chi Wen Tzu sempre pensava três vezes antes de agir. Quando o Mestre ficou sabendo disso, comentou: "Duas vezes é suficiente."
Esse segundo item de nosso amigo Confúcio me recorda de quando eu era bem jovem e disputava alguns torneios de xadrez. Meu pai me aconselhava a sentar em cima da mão. Ele dizia que o tempo que levaria para tirar a mão até fazer o movimento permitiria-me pensar mais uma vez antes de fazer a jogada. Assim, evitaria cometer erros bobos, me afobar, algo típico da idade. Bom conselho.
sábado, 16 de janeiro de 2010
Analectos
IV.15 O Mestre disse: "Ts`an! Uma única linha amarra todo o meu pensamento".
Tseng Tzu assentiu.
Depois que o Mestre tinha saído, os discípulos perguntaram:
"O que ele quis dizer?"
Tseng Tzu disse: "O caminho do Mestre consiste em dar o melhor de si e usar a si próprio para julgar os outros. Isso é tudo."
IV.23 O Mestre disse: "É raro que um homem apegado às coisas essenciais perca o autocontrole".
IV.25 O Mestre disse: "A virtude nunca está sozinha. Está destinada a ter vizinhos."
Tseng Tzu assentiu.
Depois que o Mestre tinha saído, os discípulos perguntaram:
"O que ele quis dizer?"
Tseng Tzu disse: "O caminho do Mestre consiste em dar o melhor de si e usar a si próprio para julgar os outros. Isso é tudo."
IV.23 O Mestre disse: "É raro que um homem apegado às coisas essenciais perca o autocontrole".
IV.25 O Mestre disse: "A virtude nunca está sozinha. Está destinada a ter vizinhos."
O caminho do bem
IV.7 O Mestre disse: "Os erros de um homem são condizentes com o tipo de pessoa que ele é. Observe os erros e você conhecerá o homem."
IV.8 O Mestre disse: "Não viveu em vão aquele que morre no dia em que descobriu o Caminho."
VI.29 O Mestre disse: "Supremo, de fato, é o Caminho do Meio como virtude moral. Tem sido raro entre o povo há muito tempo."
Confúcio, "Analectos"
"O Eu é o mestre do eu. Que outro mestre poderia existir? Tudo existe, é um dos extremos. Nada existe, é o outro extremo. Devemos sempre nos manter afastados desses dois extremos, e seguir o Caminho do Meio."
Buda
IV.8 O Mestre disse: "Não viveu em vão aquele que morre no dia em que descobriu o Caminho."
VI.29 O Mestre disse: "Supremo, de fato, é o Caminho do Meio como virtude moral. Tem sido raro entre o povo há muito tempo."
Confúcio, "Analectos"
"O Eu é o mestre do eu. Que outro mestre poderia existir? Tudo existe, é um dos extremos. Nada existe, é o outro extremo. Devemos sempre nos manter afastados desses dois extremos, e seguir o Caminho do Meio."
Buda
Haiti
Hoje doei um dinheiro para a assistência ao pobre povo haitiano, povo bom, povo amigo, povo de esperança, irmão do povo brasileiro. Mas é pouco, é muito pouco. Meditei. Que posso fazer?
No Haiti, em 1792, creio, ocorreu uma grande revolta, vitoriosa, dos escravos. Assumiram o poder. Povo bravo, povo lutador. O episódio singrou os mares e passou a atormentar parte das elites dominantes brasileiras. Há registros de alguns de seus membros externando grande preocupação. Isso ainda no período colonial.
Po, foi muito triste o que aconteceu, quando paro para pensar dá uma sensação muito chata, profunda, de desânimo e consternação. O Brasil deve fazer todo o possível para ajudar o pobre povo haitiano. Pense no Haiti. Reze pelo Haiti.
No Haiti, em 1792, creio, ocorreu uma grande revolta, vitoriosa, dos escravos. Assumiram o poder. Povo bravo, povo lutador. O episódio singrou os mares e passou a atormentar parte das elites dominantes brasileiras. Há registros de alguns de seus membros externando grande preocupação. Isso ainda no período colonial.
Po, foi muito triste o que aconteceu, quando paro para pensar dá uma sensação muito chata, profunda, de desânimo e consternação. O Brasil deve fazer todo o possível para ajudar o pobre povo haitiano. Pense no Haiti. Reze pelo Haiti.
Na cadência do samba
Não resisto e cupincho a idéia de um dos blogs aqui ao lado assinalados.
"Que bonito ééé... ", tema do Canal 100, ainda peguei um pouco disso na minha infância. Aliás, tem muita coisa do Canal 100 no youtube, preciosidades...
2010 ano de Copa. Robinho vai decidi-la para o Brasil. Aguardem.
"Que bonito ééé... ", tema do Canal 100, ainda peguei um pouco disso na minha infância. Aliás, tem muita coisa do Canal 100 no youtube, preciosidades...
2010 ano de Copa. Robinho vai decidi-la para o Brasil. Aguardem.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Voltando ao IOF
O tempo passa, o tempo corre, e há um silêncio geral entre os apressadinhos, e muito intere$$ado$, que condenaram a implementação do IOF na entrada de capitais para bolsa e juros. Mas o fato é que o dólar anda se segurando na casa de R$ 1,75. Deu certo. A especulação diminuiu. Ficaram mais calminhos. Não exclusivamente por causa do IOF, mas pelo fato do Governo ter deixado claro que se necessário viria mais.
Mercados livres e desregulados. A proeminência da esfera financeira sobre a produção e o emprego. Esse é um tempo que vai ficando para trás. Os mercados devem interagir com a autoridade política, eleita pelo povo, para que se definam ganhadores e perdedores, articulações, mecanismos de ajuste, orientações de um quadro geral em que se busca o desenvolvimento da nação. Emprego, renda, produção, investimentos. E não os lucros fáceis, e desestruturadores da economia real, de uma jogadinha financeira de arbitragem com a dívida pública/câmbio e de incentivo a plataformas de valorização financeira (bolsas) que, no contexto de abundância de liquidez e imagem positiva do Brasil, beneficiavam apenas uma pequena minoria que intermediava e operava a captação e aplicação dos recursos externos à procura de ganhos rápidos e sem risco.
Mercados livres e desregulados. A proeminência da esfera financeira sobre a produção e o emprego. Esse é um tempo que vai ficando para trás. Os mercados devem interagir com a autoridade política, eleita pelo povo, para que se definam ganhadores e perdedores, articulações, mecanismos de ajuste, orientações de um quadro geral em que se busca o desenvolvimento da nação. Emprego, renda, produção, investimentos. E não os lucros fáceis, e desestruturadores da economia real, de uma jogadinha financeira de arbitragem com a dívida pública/câmbio e de incentivo a plataformas de valorização financeira (bolsas) que, no contexto de abundância de liquidez e imagem positiva do Brasil, beneficiavam apenas uma pequena minoria que intermediava e operava a captação e aplicação dos recursos externos à procura de ganhos rápidos e sem risco.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Crise Ministerial?! Tentativa de Golpe!?!?
Na ausência de inteligência, na ausência de capacidade analítica e propositiva, o Partido da Imprensa toma novamente a frente da oposição e utiliza sua principal arma, a criação de crises artificiais. A imprensa inventa a crise, distorce, manipula, ecoa com alguns luminares da oposição, blogueiros de aluguel, e aí fica martelando e mancheteando, força para tentar envolver a Ministra Dilma e isso apenas comprova mais uma vez o fato de termos grandes grupos de comunicações, famílias, que operam como um Partido Político, lideram a oposição, tentam pautá-la, forçam a barra com a opinião pública, etc...
É o Partido da Imprensa Golpista, que reedita de forma meio patética antigas táticas da UDN. Carnaval 2010, em destaque o cinismo, a hipocrisia, o corporativismo, a ausência de programa, a incapacidade de entender as mudanças por que passa o Brasil e o mundo, nosso novo papel, uma sociedade que se renova e se transforma. Ficam aí nesses joguinhos destrutivos, baixos, pequenos.
Jogo mais do que manjado, escrevo isso a respeito dessa pseudo-crise com o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH III). Ao que me consta, é apenas uma carta de intenções, programática, ampla. Li também que veio sendo discutida há anos. Vi também que difere muito pouco do PNDH I e do II, que foram feitos no governo FHC. Enfim, não vou ficar explicando algo que não merece explicação. A grande discussão é sim se devemos punir os torturadores. Se a anistia vale para eles também? Eu digo que não, não vale para quem torturou não. Mas a punição deve ser moderada, com certo senso de medida que não demonstre revanchismo barato. O que isso quer dizer, depois eu explico.
Sobre a "polêmica" do PNDH III, segue bom artigo do blog do Azenha, "O que aprendi na polêmica do PNDH".
É o Partido da Imprensa Golpista, que reedita de forma meio patética antigas táticas da UDN. Carnaval 2010, em destaque o cinismo, a hipocrisia, o corporativismo, a ausência de programa, a incapacidade de entender as mudanças por que passa o Brasil e o mundo, nosso novo papel, uma sociedade que se renova e se transforma. Ficam aí nesses joguinhos destrutivos, baixos, pequenos.
Jogo mais do que manjado, escrevo isso a respeito dessa pseudo-crise com o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH III). Ao que me consta, é apenas uma carta de intenções, programática, ampla. Li também que veio sendo discutida há anos. Vi também que difere muito pouco do PNDH I e do II, que foram feitos no governo FHC. Enfim, não vou ficar explicando algo que não merece explicação. A grande discussão é sim se devemos punir os torturadores. Se a anistia vale para eles também? Eu digo que não, não vale para quem torturou não. Mas a punição deve ser moderada, com certo senso de medida que não demonstre revanchismo barato. O que isso quer dizer, depois eu explico.
Sobre a "polêmica" do PNDH III, segue bom artigo do blog do Azenha, "O que aprendi na polêmica do PNDH".
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Breves
Ainda meio lesado das férias, férias que curam, férias que renovam, neurônios descansando, às vezes confusos, chinelos e bermudas, pé na areia, pés descalços que não se cansaram de tanto sambar e forrozear nas noites estreladas do céu brasileiro.
Meio lesado e correndo atrás de burocratices da grande mudança que se avizinha, mudança que mexe mas me deixa muito feliz, será incrível, espero, torço... A alguns de meus poucos leitores que porventura não saibam, no dia 20 de fevereiro embarco para Pequim, capital do Império do Meio, onde meu espírito se alimentará de novas energias filosóficas, religiosas, políticas, diplomáticas, culturais, linguísticas, gastronômicas, enfim, experiências demasiadamente humanas que enriquecerão minha existência e, espero, contribuirão também para que me torne um servidor público mais competente e lúcido. Mais importante, meu crescimento será o crescimento daqueles que me rodeiam, daqueles que me amam, daqueles que retiram de minha alegria um pouco de sua felicidade.
Li muito Confucio nas férias. Vou comentar bastante sobre isso depois. Com ele, creio que começo bem essa viagem. Grande Mestre.
Como vêem, o blogueiro continua meio mexido, quase poético, hehe. Mas foram ajustados certos sentimentos que andavam desequilibrados. O pensamento é positivo. Devagarzinho, voltarei a postar com mais frequência.
Meio lesado e correndo atrás de burocratices da grande mudança que se avizinha, mudança que mexe mas me deixa muito feliz, será incrível, espero, torço... A alguns de meus poucos leitores que porventura não saibam, no dia 20 de fevereiro embarco para Pequim, capital do Império do Meio, onde meu espírito se alimentará de novas energias filosóficas, religiosas, políticas, diplomáticas, culturais, linguísticas, gastronômicas, enfim, experiências demasiadamente humanas que enriquecerão minha existência e, espero, contribuirão também para que me torne um servidor público mais competente e lúcido. Mais importante, meu crescimento será o crescimento daqueles que me rodeiam, daqueles que me amam, daqueles que retiram de minha alegria um pouco de sua felicidade.
Li muito Confucio nas férias. Vou comentar bastante sobre isso depois. Com ele, creio que começo bem essa viagem. Grande Mestre.
Como vêem, o blogueiro continua meio mexido, quase poético, hehe. Mas foram ajustados certos sentimentos que andavam desequilibrados. O pensamento é positivo. Devagarzinho, voltarei a postar com mais frequência.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Pipa!
Dois vídeos sobre a Praia da Pipa, no Rio Grande do Norte, mais um paraíso brasileiro que tive o prazer de conhecer. Muito sol, praias lindas, falééésias, lagoas, coqueiros, gente bonita, alto astral, boa infra, golfinhos, tartaruga, arvorismo, tirolesa, caminhadas, parapente, boa comida, ótima música, longas noites de samba, forró, reggae e rock numa energia muito grande entre pessoas de todo o Brasil, muitos gringos, européias e brasileiras para derrubar qualquer marmanjo, o povo local de boa fazendo um dinheirinho com o turismo. Ainda por cima o mar é quente e não tem mosquito. E rola um baita céu que só não leva o prêmio porque concorre com a lua cheia espetacular que fazia no ano novo em Florianópolis. Aliás, fica a dica da Praia da Daniela, no norte da ilha, maior sossego, muito boa, afastada da muvuca, ótima.
Vale a pena conhecer.
Vale a pena conhecer.
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