Aproveitando o post abaixo, abro um círculo com alguns breves e inquietantes pitacos:
1) Em São Paulo, como já comentei, o Plano Diretor também foi alterado.
2) Como é de conhecimento público, Kassab foi amplamente financiado por construtoras e imobiliárias, muita grana, um percentual muito substantivo.
3) As mudanças no Plano Diretor, óbvio, beneficiam o setor privado que bancou a campanha dele.
Ampliando o Foco
Em termos ideológicos, geracionais, e até de perfil, como esse bom artigo no Estadão de hoje aponta, Dilma e Serra são muito semelhantes.
Li uma estimativa na Folha de São Paulo que coloca em torno de R$ 260 milhões o custo estimado para as campanhas do Serra e da Dilma. Para cada uma delas, se não me engano.
Quem paga, quer algo em troca.
Tirem suas próprias conclusões. A minha é: ou se reforma a legislação eleitoral, em particular a questão do financiamento... ou vamos ficar nessa hipocrisia de denúncias seletivas por grupos de mídia/setores da justiça em meio à corrupção generalizada.
Pois bem, temos essa premissa espúria do conúbio dinheiro-política na democracia brasileira. Acrescente o tipo de barganha que se realiza no Congresso. Some as velhas tradições do patrimonialismo, a mistura do público com o privado. Misture uma massa ainda em parte hipnotizada pelas ondas da televisão. Pingue gotas de colonização ideológica e cultural de parte das elites, alienação mesmo à realidade que as cerca, por vezes desprezo mais do que desconhecimento.
O cheiro piora bastante. A lama vira caos. A "naturalização" da estrutura urbana do Distrito Federal é apenas um dos sinais aparentes. Fecha o círculo.
terça-feira, 30 de março de 2010
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