sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Voltando ao IOF

O tempo passa, o tempo corre, e há um silêncio geral entre os apressadinhos, e muito intere$$ado$, que condenaram a implementação do IOF na entrada de capitais para bolsa e juros. Mas o fato é que o dólar anda se segurando na casa de R$ 1,75. Deu certo. A especulação diminuiu. Ficaram mais calminhos. Não exclusivamente por causa do IOF, mas pelo fato do Governo ter deixado claro que se necessário viria mais.

Mercados livres e desregulados. A proeminência da esfera financeira sobre a produção e o emprego. Esse é um tempo que vai ficando para trás. Os mercados devem interagir com a autoridade política, eleita pelo povo, para que se definam ganhadores e perdedores, articulações, mecanismos de ajuste, orientações de um quadro geral em que se busca o desenvolvimento da nação. Emprego, renda, produção, investimentos. E não os lucros fáceis, e desestruturadores da economia real, de uma jogadinha financeira de arbitragem com a dívida pública/câmbio e de incentivo a plataformas de valorização financeira (bolsas) que, no contexto de abundância de liquidez e imagem positiva do Brasil, beneficiavam apenas uma pequena minoria que intermediava e operava a captação e aplicação dos recursos externos à procura de ganhos rápidos e sem risco.

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